Mahavidya Yoga

Postura que Liberta o Purificador

pavana - purificador, ares, ventos, gases

mukta - libertado, solto

Pavana é um outro nome para vayu, ventos. Os vayus são forças que conduzem a vitalidade para assimilação, expressão, excreção, circulação, recepção, etc.  Os vayus são subdivisões funcionais do prana, energia vital. São 5 os prana vayus principais. O apana vayu é o segundo mais importante, rege a região abdominal e é o responsável pelos processos excretórios. Pavanamuktasana atua sobre o apana, por isso também é chamado de apanasana e vayumuktasana.

O pavamuktasana é feito sentado, ou com alternância de apenas uma perna flexionada junto ao peito ou com ambas. A postura que libera os gases, como o próprio nome diz, ajuda o apana vayu na eliminação da flatulência, massageia o intestino grosso e induz o movimento peristáltico. Por essa razão, executa-se flexionando primeiramente a perna direita e depois esquerda. 

Quando esta postura é executada deitada, supta pavanamuktasana, além de atuar na massagem abdominal, é especialmente indicada para o alongamento da musculatura lombar nas crises de lombalgia.

Na versão em pé, utthita pavanamuktasana, trabalha-se com o equilíbrio. Quando feita com a inclinação da cabeça, com intenção da testa alcançar o joelho, a postura se torna ainda mais difícil, não só pela proximidade exigida da coxa (que obriga um alongamento maior da musculatura dos glúteos e da parte posterior da coxa), como também pela exigência de maior concentração, já que o movimento da cabeça, estimula o labirinto ativando o sistema nervoso e cérebro a uma adaptação dinâmica na busca do equilíbrio. Para Srivatsa Ramaswami é chamada de utthita marichyasana (utthita marIcyAsana).

Fonte

apanasana - The Viniyoga of Yoga – TKV Desikachar – KYM

utthita marichyasana - Vinyasa Yoga – Srivatsa Ramaswami – Marlowe

Fonte histórica

Segundo Encyclopaedia of Traditional Asanas – Dr. Gharote - Lonavla – essa postura aparece com o nome de balalingana asana no texto Kapala Kurantaka Hathabhyasa Paddhati verso 84